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Yield e Revenue – Não são a mesma coisa, e não fora pelo YIELD seria impossível a existência do Revenue Management. Realmente tudo começou pelo primeiro e é nele que tudo se fundamentou, é dele e só dele “Yield” que tratou Taylor e Fayol, e então Henri Ford, sem que assim o nominasse iniciou a parte do Revenue Management de que o Brasil fala e que os “especialistas” brasileiros ensinam, (mas isto é uma pequenina parte do Revenue Management) vendeu o carro certo para o motorista certo no momento certo e pelo canal certo, e vendeu muito 15.000.000 –(15 Milhões) - e isso ele fez em 19 anos. Menos de duas décadas.
Porém em minha opinião o grande segredo dele foi outro, e é
uma magica a que eu chamo de (respeito
pelo consumidor) chamamos na hotelaria de “fidelização de cliente”. E ele
fez isso da melhor e mais consistente forma que eu conheço, onde quer que um
carro da marca Ford andasse e tivesse qualquer defeito mecânico, ali seria
encontrada a peça. Ele respeitava o
público.
Mas o YIELD nada mais é que o estudo dos custos, da
rentabilidade a partir dos custos, da análise do chão de fábrica, da maximização
de tempos e padronização de funções logo, portanto do gerenciamento dos mesmos,
daí o termo Yield Management ou Gerenciamento de custos, de rentabilidade.
E foi lá pelos meados da década de 70 que surgiu então, e a
partir do Yield o Revenue Management.
Nesta época a AA – American Airlines teve sérios problemas de
rentabilidade e a equipe econômica da empresa se debruçou sobre longas e
intermináveis planilhas de custos, após muitos e exaustivos estudos chegaram à
triste conclusão que se conseguissem reduzir os custos em 5% no final o
resultado seria interessante, pois que lucrariam mais 3%. (mesmo depois deste conhecimento há quem
diga que é preferível reduzir custos).
No meio desta equipe havia alguém mais calado e analista que
começou a usar o mesmo raciocínio e descobriu que era muito trabalho e iria
afetar a imagem da empresa com muitos cortes para pouco resultado. Porém se
eles conseguissem enxugar os custos e maximizar as vendas em 5%, ou seja,
precisavam crescer nos respectivos mercados em 5% eles passariam a ter lucros
interessantes já que o aumento destes ficaria num patamar entre 20 a 50%.
Passamos então a descobrir que o correto é o Revenue
Management – Vamos então com este aumento de receita (diluir os custos).
Gerenciando as Receitas. Entendem agora porque Revenue manager é só uma parte?
Nesta época e por afinidade com esta equipe havia uma pessoa
ligada ao Marriott e por isso esta foi a primeira rede hoteleira no Mundo e
praticar o RM.
Há mais ou menos quatro décadas no Brasil uma fabriquinha de
massas e biscoitos trabalhava num galpãozinho
com cara de garagem grande de 160m² tinha uma maquina e 6 homens que a operavam
na época contratou um rapazote, que
era técnico de contabilidade, e este novo colaborador cônscio de seus afazeres
registrou tudo como manda a boa disciplina e no final do primeiro mês fechou o
balanço (era na mão) e mostrou para os então patrões que o empreendimento era
deficitário.
Eles tinham ideia pediram para ele ajudar a cuidar e
continuasse a fazer seu bem efetuado trabalho. No segundo mês a sena se repetiu
e no 3º não foi diferente, aqui temos que lembrar que quando você quer que
alguma coisa mude, precisamos mudar para a coisa, senão – nada acontece.
No final do 4º mês, este técnico de contabilidade já sabia que
não podia cortar mais custos, a maquina precisava dos seis homens para operar,
a água a luz e a farinha eram indispensáveis, com o balancete do 4º mês em mãos
e tal como os outros negativo, o nosso amigo foi se demitir.
Esta demissão mudaria para sempre a história de sua vida, os
Amigos que o haviam contratado disseram (M) fica aí vê o que você consegue que
esse mercado é promissor e a partir de agora você não é mais nosso funcionário
é sócio em partes iguais com a diferença que, como você está ativo vamos manter
seu salário. Saiu a sorte grande a este pequeno grande empresário agora sócio
de uma empresa falida ou a falir.
Este senhor parou e começou a pensar, sabia que os custos
estavam em ordem não podia mexer em mais nada e começou então a olhar para o
mercado.
Saímos então do Yield e passamos para o Revenue Management.
Bem, como ele fez eu explico nos nossos cursos, (foi realmente o mais puro simples e
complexo Revenue Management) mas 20 anos depois ele era dono de uma marca
líder no mercado tinha uma fábrica com 900 funcionários num terreno de
30.000m², e como eu sei de tudo isto que este rapaz hoje um senhor com oitenta
e alguns Anos fez um de meus cursos, e no final me contou sua história e disse:
Senhor Rui coloque aí nos seus slides que Fábrica de Massas e Biscoitos também
deve ser administrada pela filosofia do Revenue Management.
Tanto coloquei,
como coloquei ali a foto e o nome da fábrica, o começo dela lá no galpãozinho
de 160m². Foi uma honra dar um curso para um dos homens mais bem sucedidos que
conheci pessoalmente.
Contei a história por dois motivos – 1) para que entendam que
Yield e Revenue são coisas diferentes. 2) para que fique claro que sem um bom
sistema de Yield o RM não funciona, vou mais longe, nada funciona.
Como veem, a menos que exista no mercado algum sistema de
gerenciamento de hotel que tenha um centro de custos integrado ou onde seja
possível colocar este com todas as suas subdivisões, não há sistema que dê
suporte ao verdadeiro e rentável Revenue Management, então sem fantasias. É uma
Filosofia de Gestão séria, Crítica funcional competente e simples, mas não é
fácil e nem se consegue com milagres, exige CONHECIMENTO.
Eu por exemplo como gerente de grandes hotéis e aqui falo de
hotéis com mais de 500 apartamentos, trabalho com tabelas dinâmicas ao que
vocês chamam comumente de tarifas flutuantes, mas se uma tarifa que pode variar,
e na minha mão varia 200 vezes por dia num hotel de 800 UHs é flutuante, vamos
mudar o Aurélio. É sim uma tarifa DINÂMICA. No meu tempo de gestão sem
informática eu fazia duas contas numa calculadora qualquer, com o Excel eu mudo
o dado em uma célula e isso é DINAMISMO VELOCIDADE E AÇÃO. Só é possível num
sistema de Revenue Management devidamente fundamentado, e este independe de
sistemas caros e na sua maioria obsoletos – Para mim sempre obsoletos, chego lá
mais rápido e bem fundamentado que qualquer sistema que conheço. E o que é melhor - Meu sistema não falha. (posso eu falhar ele não)
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