quinta-feira, 6 de junho de 2013

Oferta e Procura – Lucro ou prejuízo?


Mais uma vez nem à tona no Jornal Nacional a falta de tino de Gestão na Hotelaria Nacional, eu sei que se junta a esta a GRITANTE falta de conhecimento - Brasília um dos melhores mercados do Brasil, e a Vergonha de quadriplicarem preços de diárias, por conta de uma abertura de copa. ISSO É INCONCEBÍVEL, pois fica clara a falta de Gestão Hoteleira dos Senhores responsáveis ou irresponsáveis por esses hotéis.

Não é assim que se rentabiliza um empreendimento, mas vamos iniciar como uma analogia com algo que é paixão de grande parte dos Brasileiros. Dois automóveis, você escolhe o que quiser, eu fico com qualquer carro entre 1,8 e 2,5 de cilindrada. Saímos de São Paulo e vamos para Curitiba, se você está de Ferrari ou qualquer outro carrão que tenha escolhido vai chegar primeiro que eu, certo? ERRADO. Você vai andar algumas vezes muito fora da lei, vai acelerar sua Ferrari e passar dos 200 Km/hr eu nunca vou passar dos 130. Km/hr e acredite vou chegar junto com você ou talvez até antes. Sem correr altos riscos e numa eterna constância é esta que você não vai ter e que no final terá uma média igual ou inferior à minha. De que lhe valeu?

Vamos sair dos carros e voltar à hotelaria. Sou fui e serei contra a intervenção do Governo na iniciativa privada, mas os acontecimentos relatados me fazem admitir que os “empresários” e seus gestores não têm maturidade para se gerir sozinhos.

ISTO É UTÓPICO: - As tarifas dos hotéis, para o fim de semana do jogo, podem ser até quatro vezes maiores do que as do fim de semana anterior. Em um três estrelas, uma suíte dupla, de luxo, sai por R$ 700 entre os dias 7 e 9 de junho. E vai para R$ 2 mil, no fim de semana do jogo".

O presidente da EMBRATUR senhor Flávio Dino veio à reportagem e disse o que vocês estão fazendo de errado, pelo menos o que Ele sabe e é muito correto. Estão sendo imediatistas, com essas mentalidades o Brasil um País lindo com um potencial turístico formidável, nunca vai sair da mediocridade em relação à captação de turistas do Mundo. Conheço Países e agentes de viagem que me manteriam com 70% de ocupação real (não operacional que é a que os hoteleiros apresentam nas estatísticas) durante o ano inteiro e tanto em Gramado, Caxias Porto Alegre e Florianópolis que são lugares ditos frios nesta época do ano – como em Salvador, e outras cidades maravilhosas deste nosso Brasil, e porque não Brasília além de ser uma Cidade linda tem arredores com potencial turístico grande. Mas para isso precisa-se ser Empresário e não Oportunista de plantão. Uma senhora deu uma explicação primária e sobre a oscilação de preços, mas estava tão visivelmente insegura no que dizia que até gaguejava.

Como minhas gestões são sempre fundamentadas no Revenue Management, vão me perguntar: Mas você não aproveita os picos de demanda? Aproveito só que não dessa forma, meus picos não dependem de influência externa o Grande Gestor os provoca e se são do tamanho apresentados são na maioria das vezes dentro de um único dia ou pelo menos sempre dentro da semana e eles quando você está implantando um sistema surgem de tempos em tempos depois de mês em Mês, depois de semana em semana e acreditem em menos de um ano eles são constantes e diários, precisa de uma filosofia de Revenue Management bem implementada e saber que isso não se resume a ritmo e distribuição de UH’s. Gerenciei durante dois anos o Maior Hotel de Brasília, e eu fazia Overbooking 4 (quatro) vezes por mês pelo menos, consciente e programado. Portanto eu tinha picos todos os dias, mas isso levou uns meses para fazer, (não, não eram outros tempos era uma gestão profissional) afinal peguei um Hotel Aberto e precisei implementar o sistema, que para quem conhece, ele dá resultados um pouco mais rápido. No nosso caso aparecem os resultados no quarto ou quinto mês.

Dirijo um empreendimento ou empreendimentos hoteleiros para 100 anos não para 100 Horas como estão demonstrando os senhores gestores de Brasília. Vai para Brasília na copa das confederações quem não tiver alternativa e vão sair dizendo que lá é caro que o BRASIL é caro e não voltam. É isso que os senhores querem? Parece que é.
Depois vemos lá fora milhares de Brasileiros que vão lá passear com as famílias porque é mais barato que no seu próprio País, então não é assim de forma nenhuma que se vai desenvolver o Turismo Nacional. PRECISA COMPETÊNCIA E CONHECIMENTO.
Isto posto preciso dar o braço a torcer e admitir que a EMBRATUR na pessoa do Senhor Flávio Dino e o Ministério do Turismo precisam intervir na iniciativa privada sob pena de o cenário piorar. Só lamento que embora o Presidente da EMBRATUR em seu pronunciamento tenha mostrado o bom senso, em apenas um dos fatores NEGATIVOS da atitude dos “empresários” da hotelaria brasiliense. O que os Gestores de Brasília mostraram não ter, este órgão não tenha GESTORES HOTELEIROS e sim tecnocratas que não deveriam interferir, por desconhecer procedimentos técnicos de nossa gestão, mas urge uma solução ou um treinamento a esses “senhores gerentes”, e creiam-me o problema maior da Hotelaria Nacional tem sua solução só e exclusivamente de Cima para baixo.

O cliente que só se torna seu Hóspede quando é bem tratado e com dignidade e não com demonstrações cabais de oportunismo, precisa ser respeitado, precisa poder planejar suas viagens, saber quanto vai pagar e quanto vai gastar e não ser surpreendido pelos eternos oportunistas de plantão. Determine quanto vai ganhar e ganhe o que se propôs a ganhar, este dado depende de cálculos além de matemáticos e financeiros técnicos, mas ou o Hoteleiro se conscientiza disso e aprende a trabalhar ou o Oportunismo reinante fada nossa indústria do turismo a um fracasso maior do que já é. Se analisarmos percentuais Mundiais o fluxo de Turistas para o Brasil é irrisório em comparação com o que DEVERÍAMOS TER PARA OFERECER.

Quem sabe ainda vivo para ver a Hotelaria Brasileira agindo com PROFISSIONALISMO no lugar desse eterno e mal fadado OPORTUNISMO.
E acreditem com gestão séria consciente e sem oportunismos:
“Não há hotel que não dê lucro, o que existe são Hotéis mal administrados”.

Vamos responder ao título: - Hoje lucro, a médio e longo prazo, prejuízo ou baixíssima rentabilidade.

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