Este
é o resultado esperado dos falsos “profissionais” de RM. – Mas o mais engraçado
é que tem empresário que não consegue entender e paga por isso, depois vem a
crise, não, não é a crise é o desconhecimento aliado aos oportunistas de
plantão esta liga promove a crise de quem paga para isso.
Há
anos combato a tal RevPAR, é um índice,
é levado em conta, mas não se trata de um número para gestores hoteleiros e sim
para investidores. Em resposta hoje tenho conhecimento de algumas dezenas de
empreendimentos que entenderam e não usam mais esse indexador, mas aprendi mais
uma incoerência vinda dos especialistas de plantão.
Há
no mercado uma prática de troca de dados na qual nunca vi mal algum, em BH
chamam de cesta competitiva, na
maioria dos lugares de “comp-set” porém
há empresas que a usam para “pegar os amadores” mas cabe a cada um fazer o
dever de casa em vez de depender do vizinho, pois quando faz isso admite que
este sabe tudo da sua vida do seu empreendimento de quanto custa operá-lo e de
quanto quer ganhar.
No
“comp-set” os hotéis trocam entre si
dados sobre ocupação diária média e RevPAR, há porém hotéis de rede que nesta
prática eles passam o RevPOR no
lugar do RevPAR, não há muito tempo
fui chamado por um grupo que tinha feito o curso comigo numa determinada cidade
e me pediram para descobrir o que havia com os dados do “comp-set” já que estes se afiguram estranhos, não levei muito
tempo para descobrir o que acontecia e porque – alguns Hotéis de algumas
Administradoras passavam durante o mês o valor da RevPOR e no último dia do Mês acertavam, colocando então o valor da
RevPAR, foi fácil descobrir não só o
que faziam mas o porquê isso era feito, o “Colegas” (vistos como concorrentes)
eram levados a acreditar que a diária deles estava baixa, então subiam-na. Para
uns “esperteza” para outros “CANALHICE”. Eu sugiro que não compartilhe essas
informações ou faça isso com dignidade, diga a verdade. Como disse
anteriormente não tenho nada contra.
Usando
estes dados os “especialistas” em RM – Porque Revenue Management ou em
português (Gestão de Receitas é outra coisa) usam este quadro de Cesta competitiva ou comp-set como
quiserem lhe chamar, para sugerir os preços para o hotel onde dão consultoria,
bem isso Brada aos céus é de uma estupidez e desconhecimento a toda a prova,
senão vejamos:
Se
eu vou determinar meus preços em cima de um número com pouca ou nenhuma
credibilidade o passo seguinte é a falência, já que estou admitindo que o
concorrente sabe tudo de minha vida e de meus custos.
Revenue
Management é uma ciência econômica de gestão, ela não serve nem para lotar o
hotel nem para perder tempo com bisbilhotices Revenue Management comtempla o
aumento de RENTABILIDADE, a diferença
entre Custo e Receita. Este é o motivo pelo qual não há em nenhuma empresa
séria e que queira resultados um “Revenue Manager” o (Gasparzinho da hotelaria)
ou de qualquer outra empresa. O que existe em Hotelaria é: Um Gerente Geral que
Gere sob a orientação da filosofia de Revenue Management – quando se trata de
um grupo hoteleiro entre 3 e 30 Hoteis ou entre 600 e 6.000 Uhs é um diretor de
Operações e este é responsável por esta gestão, fundamentada no RM – acima disso
o responsável corretamente deve ser um CRO – Cheffe Revenue Office – o porquê
disso é simples – Este elemento precisa ter livre transito e ascendência sobre
Vendas – Marketing – Custos – controladorias e Administração.
É
sabido e isso em Hotelaria – Locadoras de Automóveis – Frigoríficos – empresas de
transporte e logística e Clubes de Golf – Para falar apenas daquelas em que já dei
consultoria na área de Revenue Management que o pessoal do Marketing, sabe o
valor de tudo, mas não sabe o preço (custo) de nada – O pessoal de vendas sabe
o preço de tudo, mas não sabe o valor de nada – Logo alguém precisa colocar
ordem nessa bagunça senão, usando jargão popular literalmente a “Vaca vai para
o brejo. ” Em Hotelaria dependendo do tamanho do grupo o CRO não se faz necessário,
mas então precisamos de um superintendente. Será que me fiz entender?
Quando
eu saí para o mercado há 42 anos, já me obrigaram a “aguentar” mais 8 meses
onde aprendi sobre o Revenue Management, mas só em 1978 essa prática começou
para valer e no que ela consiste: Antigamente a gente tinha um Apartamento de
Hotel ou um quilo de filé mignon ou um carro para vender ou alugar e sabia
quanto isso tinha custado, sabíamos quanto se queria ganhar e estava resolvido
a soma dos dois valores era o preço de venda e o produto ia para o mercado.
Porque
surgiu o Gerenciamento de Receitas? As exigências de mercado alteraram a forma
como se determina o preço de venda, ou seja, o mercado determinava o valor de
aquisição de cada produto e este ou se enquadrava ou não tinha vez. Como podem
perceber tudo o que aconteceu foi deixar as coisas ligeiramente mais
complicadas, mas nunca inviáveis, foi nessa época que eu passei a praticar –
Custos não se reduzem, se diluem – como podem ver neste artigo com mais de 4 mil leituras em menos de 3
meses.
Entendem
agora porque eu pergunto se é o vizinho quem manda? Todas as informações são
necessárias e o comp-set que faz mais
sentido não é o de meia dúzia de hotéis, imagina o centro velho de São Paulo, a
maioria dos hotéis ali, para ter um comp-set razoável tem pelo menos 38 hotéis
envolvidos e isso seria inviável para qualquer pessoa, então a informação é
sempre necessária, desde que séria, mas não é o mais importante ela vai compor
junto com meia centena de outros fatores o preço de venda. Mas as informações
até mesmo pela velocidade proporcionada pela informática muitas vezes para não
dizer sempre trazem o trigo e o Joio – é preciso muito cuidado nessa separação.
Vejamos
agora uma segunda aberração precisa do preço médio dos concorrentes para
determinar o seu, pois bem isso pode levar anos e enquanto isso o empresário
está pagando para ser enrolado. Nós podemos determinar o “BAR” best available rate para um grupo com 10.000 UHS em 8 horas desde que a
empresa tenha, e deve ter, todos os dados de que precisamos, claro que demora
cerca de metade desse tempo para fazer o mesmo procedimento com cada hotel, mas
pode ser feito por cada gestor se assim se desejar. A implementação de um
sistema de RM não depende de fatores externos, depende de nós, e nada para nem ninguém
é sobrecarregado por isso. E não existe (Revenue manager) e sim, na melhor das hipóteses
o Gerente de um departamento de Revenue. Isso sim já é correto.
Por
favor não deturpem as coisas e nem tirem partido do pouco conhecimento alheio
quando na verdade estão oferecendo produtos que realmente desconhecem.
“Não
há hotéis que não deem lucro, há hotéis mal administrados” – e oportunistas
piorando tudo – CUIDADO.
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